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“Este livro
tem particular importância por conta da concentração humana em centros urbanos,
tornando o contato com a natureza cada vez mais incomum. Por isso, ao
compartilhar sua ligação com a natureza, o autor abre portas para outros se
reconectarem com sua essência natural.”
Suzana &
Claudio Padua - IPÊ -
Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Em todas as facetas de sua personalidade de
empreendedor, artista e pesquisador visionário, Angelo Naj Oleari sempre olhou na direção das plantas e o seu olhar o leva a reconsiderar
em primeiro lugar o sistema agrícola vigente, centrado na monocultura que,
saturando e depauperando as plantas, priva a própria humanidade de grande parte
de seus benefícios.
Neste livro, repassa a história de sua aliança com o mundo vegetal, as
ideias e os desafios; em particular aquele que culmina no projeto de Cultivo Silvestre. A partir desse
conceito – ao qual corresponde um bem preciso protocolo de cultivo – somos
chamados a reconsiderar todo o nosso sistema, não só de produção, mas de vida
em sentido amplo: abraçar e fortalecer o relacionamento com as plantas, naquilo
que o autor chama de “espírito de solidariedade e participação”, a própria Harmonia Silvestre.
“O mundo precisa de mais pessoas como Angelo Naj Oleari, com sua paixão latente pela natureza. O autor descreve sua ligação com
as plantas, que o mimetizam profundamente na teia de vida da qual fazemos
parte.
Faz lembrar uma obra clássica, O Jardim Secreto, pela sua observação
minuciosa das mudanças que ocorrem no mundo natural, com efeitos mágicos nas
crianças e posteriormente nos adultos, personagens do livro. A transformação de
um ambiente doente e sombrio em encantamentos, mistérios e esperanças só foram
possíveis por conta de um contato íntimo com o jardim secreto.
Pois o autor de Sementes Corajosas: a natureza sabe mais do que o homem,
parece ter descoberto seus próprios jardins secretos. Ao contrastar o mundo
natural com os efeitos da agricultura moderna, por exemplo, chama a atenção
para a necessidade de buscarmos o que é sadio e belo como alimento para nossos
corpos físicos e espirituais. Esses são fatores que implicam na qualidade da
vida que nutrimos ou que podemos destruir junto com o que resta do mundo
natural.
Este livro tem particular importância por conta da concentração humana
em centros urbanos, tornando o contato com a natureza cada vez mais incomum.
Menos pessoas hoje são capazes de se sentir parte dessa rica e intrincada teia
de vida da qual fazemos parte. Por isso, ao compartilhar sua ligação com a
natureza, o autor abre portas para outros se reconectarem com sua essência
natural. Parabéns e obrigada, Angelo Naj Oleari, por descrever com tanta sensibilidade sua experiência de inegável
importância neste momento planetário.”
Suzana Padua é doutora pelo Centro de Desenvolvimento
Sustentável da Universidade de Brasília em educação ambiental e Presidente do
IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas. Claudio Padua é doutor pela
Universidade da Flórida em Wildlife Ecology, Vice-Presidente do IPÊ - Instituto
de Pesquisas Ecológicas e Reitor da Escola Superior de Conservação Ambiental e
Sustentabilidade - ESCAS (IPÊ).
Angelo
Naj Oleari começou a trabalhar aos vinte anos como artista Fluxus com mostras
na Itália e na Alemanha e depois, como responsável pelo estilo da Naj Oleari,
histórica fábrica da família e símbolo nos anos 1980, de uma geração de jovens
com espírito livre. Em 1975 criou em Milão o Centro Botanico, local de
referência para os apaixonados por plantas. Pesquisas, exposições, publicações,
sementes e tantos produtos naturais, acabaram por abrir espaço para uma série
de lojas com propostas de qualidade de vida. É membro da International
Dendrology Society e presidente da Associação Internacional Brave Seeds
International Association no Brasil: desenvolvimento do Cultivo Silvestre,
pesquisa e produtos alimentares mais saudáveis.
Publicou
na Itália os livros Acqua alta
(Società de poesia, 1982), Note del mio
giardino (Centro Botanico, 1984) e Armonia
Selvatica (Ponte alle Grazie, 2014).